CHAMADA DIA 27 – 17H – ATO PELA REDUÇÃO IMEDIATA DA TARIFA

QUINTA VAI SER MAIOR!

A Frente de Luta pelo Transporte e o Movimento Passe Livre convocam todos para voltarem às ruas nesta quinta-feira, 27, a partir das 17h, no TICEN.

O ato vai exigir novamente a redução IMEDIATA da tarifa e a criação de um grupo de trabalho de caráter deliberativo para discutir a implementação do projeto de Tarifa Zero em um médio prazo.

Nessa ultima terça-feira, 25, o prefeito César Sousa Jr. (PSD) se reuniu com o movimento para conversar. Infelizmente, não apresentou nenhuma solução para nossas revindicações. Segundo ele, a prefeitura não tem como reduzir o preço das passagens por falta de recursos disponíveis e por ter de respeitar a planilha de cálculos tarifários.

Nós sabemos que essa planilha é uma FRAUDE das empresas do transporte! Elas insistem em dizer que operam no prejuízo. É a mesma desculpa desde 2004, quando fizemos a Revolta da Catraca. A evolução do patrimônio dos empresários do transporte prova que o sistema de concessão é lucrativo. Alguém acredita que as empresas continuariam operando se tivessem perdendo dinheiro? Pois é, prefeito, a redução da tarifa deve ser um ato POLÍTICO!

Não basta chamar para o diálogo e não propor nada concreto. O primeiro passo é a redução imediata da tarifa, como aconteceu em 50 cidades do país na última semana.

Não sairemos das ruas! Rumo à Tarifa Zero!

Resumo das manifestações de hoje em Belo Horizonte.

bh 26.06Praça Sete.

A manifestação de hoje (quarta-feira) começou a se concentrar às 12h, na Praça Sete. De acordo com emissoras de TV, o ato teria contado com a participação de 50 mil pessoas. Os manifestantes, ainda na Praça Sete, votaram no trajeto e destino que preferiam para a manifestação. Ir para a região da Pampulha, pela avenida Antônio Carlos, ganhou. A ideia era seguir a avenida até a Lagoa da Pampulha, passando direto pela avenida Abrahão Caram e evitando o confronto com policiais, localizados principalmente no acesso ao Mineirão – protegendo o “território da FIFA”.

A Assembleia Popular de Belo Horizonte e o COPAC, além de diversos movimentos e organizações sociais, como o MST, o Sindicato dos Policiais Civis e o Sindicato dos Servidores da Educação, incentivaram durante todo o trajeto, inclusive com um carro de som, que a manifestação não fosse em direção ao Mineirão e seguisse de forma segura para os participantes – dado a forma como a PM atuou nos últimos atos. No cruzamento entre as avenidas Antônio Carlos e Abrahão Caram, membros dessas organizações e outros manifestantes fizeram um cordão humano, tentando orientar as pessoas para que não fossem em direção ao bloqueio da Polícia Militar e da Tropa de Choque. Parte dos manifestantes, no entanto, decidiu seguir a avenida Abrahão Caram e tentar chegar até o Mineirão. Houve conflito entre os manifestantes e a polícia, com bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e pedras. Enquanto isso, um grupo da manifestação seguia em direção à Lagoa da Pampulha, pela avenida Antônio Carlos, e outro ficou próximo à avenida Abrahão Caram, ainda querendo ir até o Mineirão.

O grupo que foi até a lagoa decidiu retornar para o centro da cidade, passando por dentro dos bairros. Segundo manifestantes desse grupo, a PM teria fechado rotas de fuga que deveriam estar abertas, o que teria atingido toda a manifestação. Na avenida Antônio Carlos, nas proximidades do cruzamento com a avenida Abrahão Caram, o conflito entre manifestantes e polícia durou até as primeiras horas da noite. Estabelecimentos comerciais foram invadidos e focos de fogo foram criados pelos manifestantes.

A PM, depois de aproximadamente uma hora e meia, decidiu avançar pela Av. Antônio Carlos. Em clara objeção ao direito de manifestação, no carro de som da PM, um policial gritava palavras de ordem, informando que todos nas ruas deveriam voltar para casa, e, entre outras mensagens, que a polícia estava “reinstaurando a ordem pública”. Aos manifestantes que chegavam na Praça Sete, policiais avisavam que teria conflito no centro e todos deveriam ir para casa. Além disso, todos os manifestantes eram encaminhados para passar no meio de um corredor formado por policiais. Na manifestação nessa área central, nenhuma ocorrência havia sido registrada. A ação da PM no centro acontece até agora – momento em que publicamos essa retrospectiva. Há relatos de bombas de gás e balas de borracha, além das falas no carro de som já mencionadas.

Postado às 22:20h.

Fonte: https://www.facebook.com/BHnasRuas/posts/560695447303118